quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Então é natal....

Bom dia amiguinhos gasparzinhos bonitinhos do meu coraçãozinho! Cá estamos nós, novamente, com o soco inglês preparado para rachar a tela do seu monitor. Pois nunca devemos nos esquecer do mote eterno: Isso é coisa que DÁ PRA FAZER!

Reza a lenda que os dois meses anteriores ao seu aniversário determinam um período chamado “inferno astral”. Certo? Não, errado! Isso é prosopopéia flácida para acalentar bovinos! Seu inferno astral tem início quando as ruas, lares e corações são infestados pelas músicas, luzes e decorações inspiradas nas cores do “bom velhinho”. Existe coisa melhor do que esse momento? As casas decoradas, os vendedores das lojas com aqueles gorros ridículos (e quentes, sem dúvida) e as pessoas se acotovelando no Shopping Oi ávidos pelo último lançamento no mercado negro? Sem contar, é claro, os sinceros votos de Feliz Natal que surgem, não se sabe de onde, com a mesma velocidade de reprodução dos mosquitos da dengue.

Vou contar procês um negócio: eu não tenho horror por essa data, tenho fobia. Será que existe algo relacionado nos anais médicos? Algo com um nome científico bonito. Que tal? Santaclausfobia seria uma boa definição. Vou levar esse postulado para a revista Nature. Tenho certeza que isso me renderá um Prêmio IgNóbil!

Antes de desferir meus golpes contra essa tão singela data é sempre bom lembrar, frisar e reforçar: o Espancador é ateu de carteirinha, tem certeza que, na hora da morte, seu corpo virará comida para micróbios, mas nunca deixará de respeitar aqueles que professam alguma fé, seja ela qual for. Alteridade nunca foi problema para nozes e não será agora, d´accord?

O Natal já começa errado pela sua “decoração”. Vamos pensar na economia que seria feita se as pessoas não insistissem em se pendurar nas árvores e colocar aquelas luzinhas que piscam a esmo. Dá para contar a quantidade de dias riscados do Horário de Verão se aquelas lâmpadas ridículas ficassem nas caixas? Lugar do qual elas não deveriam ter saído? Ok, ok... Você pode alegar que na sua casa você pendura o que quiser, certo? Tábão! A casa é sua, o relógio de luz é seu. Dane-se. Então vamos economizar luz nas instituições públicas e na Praça da Liberdade. Ah, Espancador! A iluminação da Praça é tãããããão bonita!!!! É linda, meu filho! Linda! O problema é a Praça da Liberdade, às 18:00, quando os preibói resolvem sair de casa (no automóvel) para ver a decoração. Pense na empregada doméstica que está descendo de 4111 lá dos bairro dos bacana e precisa transpor meia cidade para chegar em Santa Luzia ou em Ribeirão das Neves. É, amiguinho! Pensou que era leve? Mas porque você se preocuparia? Você está tão acostumada a ver a empregada/diarista na sua casa antes mesmo de você acordar que não se dá conta de como ela chegou aí ou como ela chegará a dela. Mas não precisa se preocupar. Ainda farei uma postagem sobre esse resquício sombrio da escravidão (nó, até eu fiquei com medo agora). No frigir dos ovos o negócio é economizar energia e me poupar do trânsito. Apaguem as malditas lampadinhas, cacete!!!

O que de fato me dá vontade de desistir de vez da humanidade é o tal do espírito natalino. Meo Deos!!!! Já está mais que definido: espírito natalino de cú é rola. Se ofendeu? F-O-D-A-S! Não vou engolir essa que as pessoas se tornam mais cordiais no período de Natal. E o que acontece com sua cordialidade nos outros 10 meses do ano? São 300 dias, hijo! Fazer parte de algum grupo que ajuda pessoas carentes no período de Natal não vai encher a barriga dessa multidão nos outros 300 dias do ano. Quer ajudar alguém? Faça-o, mas não espere nenhum mote inspirador. Quer fazer doação para uma instituição? Não espere Natal, Páscoa ou qualquer outra data comemorativa para fazê-lo. Se eu fosse um Edir Macedo dos ateus você estaria fodido. A cada Natal que você resolvesse ajudar, melhor pavimentada estaria sua estrada para o inferno.

Sabem, na verdade o sortudo dessa história sou eu. Não assistir televisão e ler notícias apenas na internet tem uma grande vantagem. Fico livre daquela ladainha anual: temos o motorista que decora o ônibus com motivos natalinos ou a empresa que faz uma “gincana” entre os colaboradores com o intuito de arrecadar gêneros para uma creche/instituição. A pica é sua, aspira! Boa sorte com ela. Quanto a mim, por gentileza: me inclua fora dessa.

Agradecimentos à Dadá por me ajudar a não ofender cristãos, judeus ou muçulmanos. Agradeço-a também a me ajudar com os malditos “porquês”, afinal eu nunca sei usar essa gramática neolatina maldita...

Por hoje é só pessoal!

P.S.: Não estou sozinho no mundo e sugiro que vocês leiam esse post no blog da Iza. Ela conseguiu, magistralmente, demonstrar como esse espírito natalino é um pé no saco.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mudanças

Não tava gostando do layout que escolhi para o blog. Mania idiota essa do povo da História achar que tudo que escrevemos tem que ser/estar em papel amarelado e amassado.

"Estarei optando" por esse novo layout, com tudo separadim bonitim.

Hasta!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Da série "Postulados de um Espancador" - 1ª parte

Tava eu, ali, aparando minha barba e pensando longamente, entre uma tesourada e outra, na essência que nos move, seres humanos, na busca de relacionamentos com outrem.

Daí que cheguei a uma conclusão, inebriada de romantismo:

O amor é como a barba. Ela cresce, você a apara. Alguns a retiram por completo até que os pêlos comecem a crescer novamente. Outros a cultivam, deixando-a crescer e, depois, aparando-a, mantendo seu tamanho.

Nesse ir e vir de giletes, tesouras, loções, cortes e ardidos, muitas pontas ficam para trás. Você penteia, corta, corta e penteia, mas elas aparecem de novo e de novo, altivas.

O que faremos então? Aparemos as pontas, pois! O amor, assim como a barba, está repleto de pontas a serem aparadas.


Alguém, por gentileza, me arrume um lenço.

Antônio Roberto que me aguarde!

See ya!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Da Série "Diários de Motocicreta" - 1ª Parte

Bom dia, amiguinhos!!!


Antes de qualquer coisa, os links no texto abrirão em outra janela, ok? Tudo para que vocês não se percam ao ler o texto.


Saudades de moi??? Pois uma das minhas leitoras fiéis (Oi, Dadá! o/) disse que estava com saudades do Espancador. Como eu não devo e não posso desapontar todos aqueles milhares de fãs seguidores desse blog - tão afoitos por novidades quanto esse humilde escritor aguarda os episódios do meu Guru (Hi, Greg! o/)-, cá estou eu, com minhas platibandas muito bem postas na cadeira e com os dedos quentinhos e prontinhos para tripudiar os olhos de vocês. Afinal de contas isso é coisa que DÁ PRA FAZER!


Vamos falar então de um assunto tortuoso, quiçá dispendioso. O mote da vez é a distância que separa o Espancador da sua Yamaha YBR 125cc vermeia. A propósito, quando da efetivação da compra da Ferrari de 2 rodas, faremos aqui uma enquete para nomeá-la, ok?


Voltando às vacas frias... Três são as etapas para conseguir do Estado autorização para subir em um poste ou atropelar o office-boy que insiste em atravessar a Afonso Pena quando o bonequinho está vermelho e impassível. A primeira delas é um tal teste médico, conjugado com um teste psicotécnico. A segunda são 30 horas de legislação onde, teoricamente, eu deveria aprender que faixa contínua NÃO permite ultrapassagem e, por fim, 15 horas passeando em uma pista que mais parece um carrossel. A conta final é mais salgada que a soma do boteco que, depois de contadas todas as moedas postas à mesa, ainda sobra um filho feio que ninguém quer assumir a paternidade. No final das contas você transfere para a Auto Escola, passando em tudo de prima, R$ 668,00 e seu rim esquerdo (o direito em caso de “left hand ones”). É mole? É mole, mas sobe! (Zé Simão que o diga!)


Ok, ok! Vamos por partes, seguindo o tutorial do meu amigo Jack. A parte do teste médico é, cuspido e escarrado, igualzinho aqueles testes admissionais (picaretas até os ossos). Algo mais ou menos desse jeito, acrescido de alguma licença poética:

Doutor: Você fuma?

Cliente (ops, paciente!): Não

Doutor: Bebe?

Paciente: Não.

Doutor: Faz uso de remédios controlados?

Paciente: Não.

Doutor: Tem histórico de doença grave na família?

Paciente: Não.

Doutor: Assistia à novela “A Usurpadora”?

Paciente: Não. Eu assistia “Maria do Bairro”

Se você for mulher, fique esperta. Você, cara amiguinha, ainda corre o risco de ter a blusa levantada na hora da auscultação (fato venérico). Até aí tudo muito bem, tudo muito bom. Nesse treco eu passei fácil. Afinal de contas quem responde o questionário do Hemominas sendo 100% sincero e ainda está apto a doar sangue, responde qualquer outro questionário que lampejar na sua reta. Foi na hora do tal do teste psicotécnico, mais conhecido como psicodoido, que a merda começou a despontar no horizonte. Já comecei a me azedar quando a donzela começou a me “instruir” sobre o teste. Moça bonita, sô! Mas, infelizmente, a beleza da digníssima diminuía à proporção que ela transmitia as instruções com a entonação de voz idêntica a da empregada dos Jetsons. Aí eu mostro para vocês uma faceta da minha personalidade. Hum, isso soou tãããão “fala que eu te escuto”. Quer me deixar puto? Faça qualquer coisa para mim como se eu fosse apenas mais uma ficha a ser preenchida.. Não estou dizendo que ela devia colocar uma rosa na boca e dançar um tango comigo, até porque ela era compromissada e eu apenas a achei bonita (não estou tão fácil assim, hehehehe). Mas, porca miséria, conversa direito inferno! Pode não parecer, mas tem gente que fica nervosa na hora de fazer aquele exame. Uma instrução transmitida de maneira mais cordial pela estagiária (pois eu tenho certeza que ela é) pode ser determinante para que o candidato se sinta mais à vontade. Maaaas, vocês sabem, eu não sou um cara de guardar ressentimentos e muito menos utilizo de sarcasmo. Perdoemos, pois, a moça. Estagiário está na base da cadeia alimentar não é à toa. Eles, coitados, SEMPRE se fodem no final.


Sem perder o foco da postagem a questão, aqui, é outra. Eu ferrei com o Estado!!! Chupa essa, DETRAN!!! Eu morri em R$ 113,00 mas consegui fingir o suficiente para que me considerassem “apto” a dirigir. Gente, prestenção. Sabe aqueles trecos de pegar o lápis e fazer os desenhos? Eu não acertei nem quando era permitido olhar!!! Imaginem o que saiu quando colocaram aquela cartolina na minha frente? E com a mão esquerda então? Eu não consigo nem abrir tampa de Ice com a mão esquerda, quem dirá fazer escadinhas, bolinhas ou bonecos de palitinho! Claro que, besta que não sou, não vou questionar a finalidade do exame. Primeiro porque eu passei e, ao fim e cabo, não dá para discutir com uma área do conhecimento que pariu um cara que consegue entender as mazelas da psiquê feminina. Isso, gente, NÃO DÁ PRA FAZER! Não dá pra questionar e muito menos para entender!


Fechando as portas do boteco, ao ir embora (ah, esqueci de citar: me mandaram para uma clínica lá na putaqueopariu e eu tive que atravessar meia cidade pra chegar), passei em frente a um Pet Shop que, através de uma faixa, pregava uma campanha singela, mas de slogan tosco. Esfregue seu cérebro no asfalto e repita comigo, em forte brado: Quem ama seu cão não deixa cocô no chão! Meo Deos! Tão sutil quanto um paquiderme numa loja de cristais. Mãe, pára o mundo! Eu quero descer!


[nostradamus status on]

3302, seu ônibus ordinário! Estão contados os dias em que você terá o prazer de ter meu AllStar furado fazendo massagem na sua lataria.

[nostradamus status off]


Hoje só amanhã pois o que tem já acabou.


Inté!