quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Defina o termo "disposição"

Chegou aos ouvidos do Espancador uma história deveras interessante. História essa que servirá de elã para uma nova seção aqui no nosso querido, amado, idolatrado, quente e sexy “brog”. Houaiss, Aurélio e Michaelis que se cuidem! Está chegando o “Dicionário do Espancador”!

A idéia de tal “pai-dos-burros” é exemplificar de maneira instrutiva e despida de acidez palavras e situações do meu, do seu e do nosso cotidiano. Algo me diz que teremos, após um ou dois verbetes, uma nova obra de referência para a Humanidade. Arrume um espaço na sua mesa de cabeceira amiguinho! Maquiavel e Paulo Coelho (argh!) acabam de arrumar um concorrente de peso, altura e barba.

Vamos começar com o substantivo “disposição”, ok? Então. O Michaelis Online assim diz sobre a palavra “disposição”:
"(...)5 Subordinação, dependência: Ficar à disposição de alguém. 6 Constituição plástica. 7 Temperamento. 8 Preceito, prescrição legal. 9 Tendência, vocação. 10 Desígnio, intenção, vontade.” (...) Grifo deles e fonte aqui."
No nosso caso, vamos estar exemplificando as versões 5 e 10 da palavra. Ok, amigão? Bora lá, então.

Como dito alhures, a história deveras interessante versa sobre um incauto casal que resolveu visitar uma exposição que se situa não aonde o vento faz a curva e, sim onde ele nasce. Isso é magia e não tecnologia, meus caros gasparzinhos. O lugar se chama Casa Fiat de Cultura e está localizado no bairro Belvedere. É lá, do lado do primeiro shopping de BH, que os bacanas pensam como o Super-Homem: “Para o alto e avante! Vamos construir arranha-céus, pois aquele ‘teto’ azul NÃO é nosso limite.”,

E vocês estão aí, remexendo os fundilhos na cadeira, achando que a disposição era do casal, né? Estão achando que daqui surgirá um roteiro para algo parecido com “Simplesmente Amor” ou então “Olhar de Anjo”. Olha, não era não. A disposição está toda depositada na moça que se aventurou até tal exposição e vocês concordarão com isso ao final do texto. Se não concordarem, hum, bem... eu não vou espernear. Pontos de vista diversos são, de fato, uma merda.

Primeiro ponto pra moça: a distância da quentura e aconchego de sua casa até a dita exposição. O rapaz que a chamou, assim como o Espancador, é um pobre universitário fodido que também massageia a lataria dos coletivos de Belo Horizonte. Isso quer dizer que lá vão eles se aventurar naqueles que carregarão todos nós aos infernos. E não pensem vocês que trata-se de um coletivo qualquer. Estamos falando da linha 2004, mais conhecida como “dois-mil-e-quando”. Sabe aquele ônibus que carrega todas as domésticas de Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Vespasiano? Não, ele não é o 2004. Esse aí é vermelho e o 2004, por enquanto, é azul. Tais “ôins” nada mais são que “alimentadores” do nosso querido balaio, visto que ele também carrega as fãs de Antônio Fagundes que dormem em Contagem and Betim. Noves fora e com ajuda do Google Maps, são pelo menos 20 km de passeio. É quilômetro pra cara...mba! (prometi que ia maneirar nos palavrões). Olha, gente, só pelo primeiro ponto eu já daria o Emmy pra moça por melhor atuação em dramas. Donald Draper e seu Mad Men são fichinha perto dessa história. Mas tudo que tá bom sempre pode melhorar, então se ajeite aí que tem mais.

Segundo ponto pra moça: o traslado do ponto de ônibus até o local de exposição. Tá, pelo Google Maps deu-se “apenas” 2 km. Lembremos que o dois-mil-e-quando tem como final a borda de Belo Horizonte e ele não sobe até o bairro dos bacanas. Vamos engrossar as canelas, atravessar a BR e nos enfiar pelos arranha-céus belvederenses. Ponto curtinho e até suave, né? Nem precisou de uma meiota pra abrir o apetite. Aposto que vocês estão aí maquinando: “Ah, que isso! A moça deve estar aproveitando o passeio, a companhia, etc”. Claro, ela sem dúvida assim estaria se não fosse o próximo capítulo dessa saga de Odisseu.

Terceiro ponto pra moça: Sabe aquele trem que se assoma, num tom cinza escuro ameaçador, no alto das nossas carecas? (essa é pra você, Merson) Alguns costumam chamar de chuva. Naquele fatídico dia, segundo os relatos, não era uma “noruegazinha” qualquer. Juraram, de pés alinhados, terem avistado, do outro lado da rua, um barbudo pendurado num barco rodeado por uma de bichos. Só não deu pra ver se tinha um canudo de luz na telha do ancião pois o ônibus já estava com seus vidros totalmente embaçados. Precisa continuar relatando a “sorte” do rapaz? Acho que devemos fechar essa parte com uma conta de somar bem simples. Coisa rápida, para não gastar massa cinzenta. Acompanhem: ponto 3 plus ponto 4 = FODEU TUDO!!!! A CASA CAIU, MERMÃO!!!! (desculpa, não deu pra fugir do palavreado de baixo calão)

Quarto ponto pra moça: sou brasileira e não desisto nunca! E não é que a incauta persistiu e, mesmo debaixo do dilúvio, com os pés encharcados, chegou até o BH Shopping? O rapaz, ao invés de abortar a missão e ficar por ali mesmo, propôs que após uma possível “melhora” das condições pluviométricas a saga continuasse até a tal exposição. Tempo é um bicho ordinário e você não pode brincar com ele. Eu tenho pra mim que as nuvens ficam te sacando enquanto a marquise te protege. Bota o pé pra fora e o que acontece? Água na sua moleira! Eu avisei, não avisei? Ficasse por ali mesmo, esperando a água baixar seu nível para que assim a Perícia Médica ainda encontrasse algo do seu cartaz com a moça quando seu corpo fosse encontrado no Ribeirão Arrudas. Ignorou o aviso, fingiu de sonso e botou o pé pra fora. São Pedro lambeu os beiços e não se fez de rogado: contribuiu para que um mergulho na piscina deixasse o casal mais seco do que tentar enfrentar a tal tromba d´água. Gente, prestenção, já deu, né? O cara já não devia ter sido tragado pela chuva?

Quinto e derradeiro ponto pra moça: calma que tá acabando. Não bastasse toda essa saga relatada aí em riba, não pense que tudo acabaria bem. A exposição era sobre um tema afeto à área de trabalho do rapaz. Ele, que já tinha perdido 99% do seu bom senso dissolvido na chuva, falou na cabeça da donzela como se não houvesse amanhã, como se ele precisasse falar tudo que fosse possível antes que o chão se abrisse num canyon e ele fosse engolido por uma lambada de chamas do Hades. E por qual razão a moça merece mais um ponto de exemplo para o termo “definição”? Simples! Ela, uma lady, escutou tudo com atenção e sempre sorrindo, insistindo, veementemente, que as informações eram extremamente úteis, quiçá agregadoras. Olha, alguém confere aí pra mim se já se passou mil anos desde a última aparição da Deusa Atena. Tô achando que ela deu as caras por aqui, e o fez no corpo dessa moça.

Ah, e se você achou surreal a presença do barbudão da arca na história, imagine cinco (isso mesmo, cinco) exemplares do 2004 descendo a avenida, ao mesmo tempo. Não me mostraram foto, mas em Belzonte tudo é possível. Outro detalhe: o aloprado NÃO sabia direito como chegar à Casa Fiat. Não me perguntem como eles chegaram. Mais um detalhe: pra sorte DELE a moça nem mesmo espirrou depois do banho de chuva combinada com um ar condicionado terrível.

Bonita história, não é? Tava pensando num desfecho pra ela. Vamos imaginar que essa narrativa seria tabulada como um prontuário do rapaz no arquivo de pretendentes da moça e que ele estivesse passando por um “processo seletivo”. Qual seria o resultado? Um contrato? Sim, um contrato! E redigido nesses termos:
“Eu, a moça, contratante, entro com o pé. Ele, o cara, ferrado, pobre, que me faz andar na chuva e escutá-lo durante TODA a exposição, entra com a bunda. As partes concordam, então, com a projeção do pé da moça em direção ao fogareiro do rapaz, mandando-o para a qualquer lugar bem longe da contratante.” E todo mundo feliz!

I´ll be back!
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Now playing: Los Hermanos - O Vencedor

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Fanatismo?

Me perguntaram se eu era fanático por Los Hermanos.

Acho que se eu fosse fanático, moveria mundos e fundos para ir ao show único que eles farão na turnê do Radiohead em terras tupiniquins. Mas como não tenho dinheiro para isso, terei que me contentar em ver os vídeos caseiros de tal apresentação.

Ilustro minha paixão por eles da seguinte forma:
- Escuto Los Hermanos TODO dia;
- Sei cantar muitas músicas de cor. De todas sei pelo menos trechos;
- Se não escuto, canto;
- Se não canto, toco as 4 músicas que aprendi no contra-baixo;
- Me emociono ao escutar "Primeiro Andar" e ainda vou dedicar "O Último Romance" a alguém que mereça aquela letra;
- Acompanho quase todos os shows do Los Otros, mesmo com uma semana de distância entre-shows;
- Saio rouco das apresentações.

Concluam vocês, meus gasparzinhos, se isso é fanatismo. Deixo também o vídeo da música dos Hermanos que eu mais gosto:

See ya!
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Now playing: Los Hermanos - Morena

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Estou me guardando...

Com a proximidade do "Carnem Levare" seria natural que algumas gotas de humor ácido fossem derramadas em sacrifício de tão nefasta data. Acontece que o Kibe Loco fez um vídeo com abrangência suficiente para todos os Carnavais do milênio que vivemos.

Se eles kibam, eu também posso kibar. Eis o vídeo:


Seria clichê dizer que eu A-DO-RO Carnaval, não é? Mas toda vez que eu lembro dessa data maldita tenho o refresco daquela música do Chico que, na minha opinião, ficou muito boa no disco dos "Pedreiros do Hawaii". Confiram no vocêtubo abaixo:


A propósito, quero acertar alguns pontos com vocês, meus milhares de leitores. Eu já levei uns 3 esfregas por não atualizar o blog decentemente. Depois de umas "DRs" com a minha agenda, prometo postar, toda segunda-feira, uma nova crônica (não me chamem de esnobe por conta do nome. O Armando disse que isso que eu escrevo é crônica).

Esses devaneios que aparecem de vez em quando (tipo a série de "Conversas no MSN") virão quando me der na telha. As crônicas eu prometo postar nas segundas, ok?

Nos vemos por aí!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Leia o Espancador sem sair de casa

Gente, vou ensinar procês uma forma de acessar nosso cantinho sadomasoquista sem precisar ficar entrando sempre no blog. Esse tutorial servirá também para você acessar outros site que utilizem feeds. Feeds? O que diabos é isso? Não se assustem com as nomenclaturas, ok? Elas não mordem.

“Na prática, Feeds são usados para que um usuário de internet possa acompanhar os novos artigos e demais conteúdo de um site ou blog sem que precise visitar o site em si. Sempre que um novo conteúdo for publicado em determinado site, o "assinante" do feed poderá ler imediatamente.Fonte aqui.

Você identificará um feed pelo seu símbolo, que é o mesmo para um site brasileiro ou krakozhiano (0 quadrado laranja aí embaixo). Ao longo do tutorial seremos capazes de identificar um site que tenha o seu conteúdo disponível via feed ou RSS.

Passo 1: Um navegador de internet decente

“Navegador de internet decente” quer dizer Mozilla Firefox. Se você utiliza o Internet Exploder e quer se reabilitar, baixe o Firefox nesse endereço. Se você prefere continuar no Exploder, interrompa a leitura e vá se matar.

Passo 2: Identificando um site que utilize feeds

Gente, essa parte é moleza. O Firefox, como navegador decente que é, sinaliza se o site utiliza feeds ou não. Para exemplificar, vejam que o nosso querido blog tem esse símbolo, ao final da barra de endereços.

Já o Estrago de Minas não disponibiliza essa ferramenta na sua página inicial:


Passo 3: “Assinando” os feeds do site

A “assinatura” dos feeds se dá por duas formas. A primeira delas é pelo próprio Firefox, visto que ele é também um agregador de feeds (essa é inclusive a forma que eu sugiro). Para usuários avançados, existem programas – online e offline – que exibem as atualizações de sites/blogs assinados pelo incauto. Eu particularmente prefiro o mais simples e fico no Firefox mesmo. Caso você queira se aventurar em outros agregadores, sugiro o Google Reader.

A primeira coisa a se fazer é clicar no símbolo do feed e escolher a opção Atom. No caso do blog temos as opções Atom e RSS, mas alguns sites terão apenas o RSS, o que não impede a assinatura dos feeds do site.
Atom e RSS são versões da mesma linguagem.

Ao clicar no botão e escolher a opção Atom ou RSS, o Firefox exibirá o conteúdo do site em formato RSS, te encaminhado para uma tela parecida com essa aqui ó, aonde você deve clicar no botão "Inscrever agora".


Aparecerá uma janela perguntando aonde você deseja salvar o feed. Você pode salvar na opção “Menu Favoritos” ou “Barra dos Favoritos”.

A opção “Menu” salvará os arquivos aqui:

A opção “Barra dos Favoritos” vai salvar os arquivos aqui ó:

Fica a seu critério, amiguinho, qual opção mais lhe agrada.

4º Passo: Lendo os conteúdos

Ler os feeds é mais fácil que mandar o Dr. Breeds para Xen no final de Half-Life 2. Clique no local que você salvou o feed e veja as chamadas dos conteúdos. Te interessou? Clique nele e o site será carregado.
Caso você não queira sair da tela que você está, ao escolher o conteúdo que te interessa, mantenha o botão “ctrl” pressionando enquanto você escolhe. O conteúdo será aberto em outra aba.

5º passo: Exercícios e leituras úteis

Para que você se aclimate ao uso dos feeds, segue abaixo uma lista de sites/blogs que eu recomendo e sugiro que sejam lidos via agregador de feeds. A grande vantagem é que você pode escolher o que quer ler. O Judão, por exemplo, tem muita atualização. Vamos supor que apareça algo sobre "Lost" e você odeie esse seriado tanto quanto eu. O que fazer? Não clicar na notícia e ser feliz. Moleza não é?

- Blog do Josias de Souza
- Controle Remoto
- Jacaré Banguela
- Judão
- Folha de São Paulo
- Jesus me chicoteia
- Kibe Loco

Enjoy it!

Dúvidas? Escreve prá eu.

Bjosmeliga!